O esperado vento lateral soprou nessa quinta-feira e bagunçou a etapa 6 da Vuelta a Espanha. Muitas quebras no pelotão, pequenos acidentes e grandes nomes sofrendo para resistir no grupo principal. Os líderes até deram as caras, mas a vitória ficou com a fuga.

Um grupo de cinco ciclistas foram literalmente selecionados por uma fuga que demorou a vingar e chegou na subida final em Cullera com uma vantagem que parecia mínima. Eram 40 e poucos segundos, mas suficientes para o dinamarquês Magnus Cort Nielsen (EF Education) conquistar a vitória.

Pelo segundo ano seguido ele vence na volta espanhola e deixa o esloveno Primoz Roglic (Jumbo) em segundo lugar. Roglic saltou do grupo principal com pouco mais de 1km para a chegada e por muito – muito pouco mesmo – não frustrou o momento de Cort Nielsen.

De toda forma, o esloveno retomou a camisa roja de líder da competição e conseguiu impor alguns segundos sobre os principais rivais, que se esfarelaram subida acima. Foram 27s sobre Mikel Landa e Richard Carapaz, por exemplo.

O francês Kenny Elissonde, que sofreu muito para se manter no grupo principal durante os “abanicos” contou depois da etapa que ao notar ser impossível defender a camisa roja, decidiu tomar bastante tempo (4min30s) para ter o “tíquete” para a fuga nas próximas etapas.
Nesta sexta-feira o final é novamente em subida, em Balcón de Alicante, com 8,4km e 6,4% de inclinação. Não é uma subida HC, mas testará as pernas dos candidatos ao título depois de outras 5 subidas categorizadas.

Um detalhe: em seis etapas, todos os vencedores de etapa já tinham vencido na Vuelta anteriormente. Será que a regra se repete amanhã?